domingo, 15 de agosto de 2010

Poeta da vida comum

O tempo é implacável,

e mesmo ciente, mesmo colocando a prova,

perde-se o fio da meada, cai-se no fio da espada.

Convenções controlam os instintos,

e as obsoletas soluções problematizam teias e labirintos.



Moral? Bom senso?

Meros artifícios, inquietas sombras à parede da caverna.

O canto é baixo, é abafado,

contudo é profundo demais para ser silenciado.



A esbórnia continua nas ruas

escuros becos,

trilhos, locomotivas, nostalgia.

Até mesmo a melancolia se mostra bela,

se mostra esbórnia



Aos sons da noite dorme-se bem,

entre latas chutadas, vozes embriagadas,

devaneios oníricos,

todas elas encolhidas pelo peso do mundo.G.

Nenhum comentário:

Postar um comentário